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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O primeiro dia do último semestre do último ano ou o início do fim.

(Passemos à frente o dramatismo do título.)

Depois de três semanas longe da minha adorada faculdade pude constatar que:

A normalidade continua a predominar por aquelas bandas. De um lado, casais desconhecidos de fato de treino não deixaram de pensar que o lindo edifício e o seu perímetro exterior é um jardim em vez de uma instituição de Ensino Superior, motivo pelo qual vão com toda a calma do mundo passear o cãozinho pela relva e apanhar sol enquanto os alunos que estão a ter aulas - leia-se, eu - se entretêm a observar a cena pela janela da sala. De outro lado, estudantes de Comunicação Social acham que estão num episódio da série musical dos Morangos com Açúcar, essa produção de elevado gabarito, e juntam-se em grupos a tocar viola na rua enquanto mais cães que vieram sabe-se lá de onde correm à volta deles. Nada mais comum.

Não gosto nem um bocadinho do meu horário.

• Vou ter de assumir uma posição quanto a uma questão decisiva para qualquer futuro jornalista: saber se vou fazer parte do conjunto de pessoas dos que dizem média ou do conjunto dos que dizem mídia. Um grande dilema que divide os meus queridos professores e me faz passar noites e noites em claro.

Pensei que estava a tirar um curso de Jornalismo, mas hoje descobri que afinal estou a aprender a "fazer cadeiras". Ou seja, o meu ofício é outro. Em vez de jornalista estou a estudar para ser carpinteira.

Tendo em conta que vou ter de fazer uma cadeira chamada Sistema dos Media (ahá, o que vale é que só estou a escrever e não preciso de dizer isto em voz alta...) cujo professor fala de preços e receitas totais, tem um casaco com botões dourados, um apelido estrangeiro, e é daqueles que dizem mídia, talvez este semestre não seja o último...


...e talvez venha a ter uns meses extra para dormir sobre esse dilema universal. Ou então não. Credo!

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